quarta-feira, 23 de março de 2011

Comenta os episódios d' "Os Lusíadas"

Agora que analisamos os episódios d' "Os Lusíadas" propostos para o 9º ano faz um comentário evidenciando a tua opinião.

Agradecemos desde já a tua contribuição.

Ruas em Homenagem a Luís de Camões:

Rua de Camões, Porto;
Rua Luís de Camões, Lisboa;
Rua Luís de Camões, Constância;
Rua Luís de Camões, Maia;
Rua Luís de Camões, Matosinhos;
Rua Luís de Camões, Gondomar;
Rua Luís de Camões, Paços de Ferreira;
Rua Luís de Camões, Vila Nova de Gaia;
Rua Luís de Camões, Castro Daire;
Rua Luís de Camões, Ovar;
Rua Camões, Guimarães;
Rua Luís de Camões, Santo Tirso;
Rua Luís de Camões, Felgueiras;
Rua Luís de Camões, Vila Nova de Famalicão;
Rua Luís de Camões, Trofa;
Rua Luís de Camões, Valongo;
Rua Luís de Camões, Santa Maria da Feira;
Rua Luís de Camões, São João da Madeira;
Rua Luís de Camões, Oliveira de Azeméis;
R Luís de Camões, Aveiro;
Rua Luís de Camões Folgosa, Folgosa Maia;
Rua Luís de Camões São Mam. Coronado, São Mamede Coronado.

Outros:

Praça Luís de Camões, Lisboa;

Alameda Luís de Camões, Vila Nova de Famalicão;
Avenida Luís de Camões, Viana do Castelo;
Praça Luís de Camões, Vila Pouca de Aguiar;
Avenida Luís de Camões, Maia;
Largo Camões, Lamego;Praça Luís de Camões, Póvoa de Varzim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Declamação de estrofes na Sociedade Martins Sarmento

No passado dia 25 de Fevereiro de 2011, realizou-se mais uma vez no Museu Sociedade Martins Sarmento em Guimarães a actividade "Sobre o teu olhar: Os Lusíadas" organizada pelo Departamento educativo do museu, na qual foram declamadas estrofes do poema e esteve também exposto um exemplar da 1ª edição dos "Lusíadas".



Foi com um grande prazer que participamos nesta actividade, e declamamos algumas estrofes, vestidas a rigor para a ocasião. Para nós foi um privilégio fazer parte deste grupo e deixamos aqui o nosso agradecimento a todos eles e também a todos os alunos e professores que assistiram a esta actividade. Foi uma oportunidade e um dia maravilhoso. A todos eles um MUITO OBRIGADA!!!


quarta-feira, 2 de março de 2011

Verdes são os campos

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões

Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões

“Os Lusíadas” – a importância do nome
Luís de Camões não escolheu um herói individual que motivasse o título da sua obra, mas procurou que a sua epopeia anunciasse de todo o povo da “geração de Luso”, os descendentes de Luso, os Lusitanos, em “Os Lusíadas” Camões canta a alma deste povo, a sua historia, os seu heróis (todo o povo português - personagem colectiva) e os seus grandes feitos.

A epopeia – Os Lusíadas
Noção: narrativa, geralmente numa estrutura de poema que traduz as façanhas ou o espírito de um povo e que tem interesse para esse povo e para a humanidade.
Elementos de uma epopeia:
1. Acção: assunto no seu desenvolvimento.
2. Personagem/herói: o agente principal.
3. Maravilhoso: intervenção de seres superiores/os Deuses.
4. Forma: estrutura versificatória.

Elementos d’ Os Lusíadas
1.
Acção: viagem marítima de Vasco da Gama à Índia.
2. Herói: o povo português, representado simbolicamente na figura do comandante das naus, Vasco da Gama (herói individual).
3. Maravilhoso: Cristão – intervenção do Deus dos Cristãos;
Pagão – intervenção das divindades da mitologia;
Céltico ou mágico – intervenção da feitiçaria, da magia, das crenças populares.
4. Forma (estrutura externa): Narrativa – Poema dividido em 10 cantos, com versos decassilabicos, geralmente heróicos, acentuados na 6ª e 10ªsílabas métricas, mas também sáficos, acentuados na 4ª, 8ª e 10ªsílabas métricas.
Estancias – oitavas.
Rimas com esquema – A B A B A B CC (rima cruzada e rima emparelhada).

Qualidade da acção n’ Os Lusíadas:
Unidade: ligação das partes (série de acontecimentos num todo harmonioso)
Variedade: introdução de episódios (breves narrativas) que embelezam a acção, quebram a monotonia, mas não prejudicam a unidade.
Verdade: assunto real ou pelo menos verosímil.
Integridade: fio condutor dos acontecimentos dentro da estrutura narrativa com introdução, desenvolvimento e conclusão.



Os planos da narrativa:

1. O plano da viagem
A narração dos acontecimentos ocorridos durante a viagem entre Lisboa e Calecut. “Por mares nunca dantes navegados”.
Partida em 8 de Julho de 1497 (reflectida no Canto lV; estancias 84 e seguintes)
Peripécias da viagem: - Paragem em Melinde durante 10 dias;
- Chegada a Calecut (India) em 18 de Maio de 1498;
- Regresso a 29 de Agosto de 1498;
- Chegada a Lisboa da nau de Vasco da Gama em 29 de Agosto de 1499.

2. O plano da historia de Portugal (analepse)
Em Melinde, Vasco da Gama narra ao rei os acontecimentos de toda a nossa história, desde Viriato até ao reinado de D. Manuel l.
Em Calecut, Paulo da Gama apresenta ao Catual episódios e personagens representados nas bandeiras.
A história posterior à viagem de Vasco da Gama é nos narrada, em prolepse, através de Profecias ( de Júpiter, do Adamastor, de Theys) «Daqueles reis que foram dilatando»

3. Plano do poeta/considerações do poeta
Considerações e opiniões do autor expressas, nomeadamente, no inicio e no fim dos cantos. Destacam-se os momentos em que o poeta:
Refere aquilo que o Homem tem de enfrentar: «Os grandes e gravíssimos perigos».
Realça o valor das honras e das glórias alcançadas por mérito próprio: «Cantando espalharei por toda a parte».

4. Plano da mitologia
A mitologia permite a evolução da acção ( os Deuses assumem-se como adjuvantes ou como oponentes dos portugueses) e constitui, por isso a intriga da obra.
A mitologia – desde a antiguidade que os homens acreditam na existência de inúmeras forças cuja explicação, por ser difícil, as transforma em divindades se que depende a felicidade ou a desgraça sobre a Terra.
Ao contemplar o mundo mitológico, deparamos com Deuses semelhantes aos seres «humanos», com sentimentos e paixões humanas, mas mais belos e fortes do que os Homens. Alem disso eram imortais e não se alimentavam de comidas e bebidas vulgares, mas de ambrósia e néctar.
Camões, não sendo pagão, utilizou a mitologia não apenas como recurso estético, mas também como indicador renascentista de convicção que o Homem tem da ausência de limites para a sua existência.